segunda-feira, 27 de abril de 2009

A arte da micreiragem, parte 2 ... "o que vale é economizar".

Não é preciso ter nenhum conhecimento ou talento artístico (eu mesmo sou um desenhista de palitinhos e sei tanto de arte quanto um artista saberia de, digamos, eletrônica digital, zoologia dos invertebrados ou física nuclear), apenas um pouco de bom-gosto e critério, para reconhecermos excelentes trabalhos artísticos em vários lugares. Logo, conclui-se que o oposto deveria ser verdadeiro. Mas infelizmente, gosto é que nem braço: tem gente que não tem. E isso deve doer; não a falta de braço, mas sim a de gosto. Tudo bem, se ela não fosse amplificada pela internet, usando como meio os micreiros.

Vamos à primeira vítima do dia, um clássico que aparentemente criou vergonha na cara e sumiu, pois há vários links quebrados no site:


Você cogitaria contratar um "web design" (sic) assim para sua empresa? Lembrem-se, eles hospedam seu site em Windows Vista, com 160GB de HD e 1GB de RAM. Uma excelente plataforma para que seus dizáines sejam vistos pelo mundo todo. Tão estável quanto um elefante montado em cima de uma formiga. Ah, e eles hospedam em REDIRECIONADORES! RE-DI-RE-CI-O-NA-DO-RES! Que tal suaempresa.clic3.net? Ah, e você quer trabalhar pra eles? Legal, mas não vai ganhar nada desse protótipo de empresa.

No portfólio deles, apenas clientes top de linha, desde distribuidores de jogos piratas até bandas de heavy metal (apesar de usarem caveirinhas um tanto quanto miguxas) que preferem viver no anonimato. Apreciem.





























E, lá da terrinha do seu Manoel, vem o "Design Idiota", o ápice do design elegante, agradável aos olhos do usuário. Realmente honram o nome.














Quem é o idiota agora mesmo?


Ou esse que se orgulha de usar um Macintosh para produzir suas páginas e obras de arte, verdadeiros primores das artes gráficas. Mesmo que ele possa produzir resultados melhores em um 386 com Windows 3.1, usando Paint com um mouse de bolinha com os eixos emperrados, não, ele usa um Macintosh (ou será um "Maquintóxe")? O mais bonito do seu portfólio são os logotipos.





Ainda assim não quer contratar um designer? Faça você mesmo e economize, afinal estamos em tempos de crise econômica! No MercadoLivre você acha DVDs diversos com vetores, molduras, efeitos de vídeo, templates para páginas web ou mídia impressa, e o que mais você quiser. É claro que, conforme os autores das coleções, eles não violam direitos autorais. Mas conforme os autores das imagens que, muitas vezes, ficam anônimos por se tratar de mero download-copia-cola... deixo a sua rica e complexa imaginação completar.


Na próxima vez que R$ 120 se materializarem no meu bolso, e que eu estiver me sentindo um picareta, arrisco comprar uma coletânea dessas.

Design não é a sua área? Que tal a informática? Pois você também pode comprar uma excelente coleção de 2000 programas prontos. Monte sua empresa de informática e se auto-intitule desenvolvedor, mesmo que você ache que algoritmo é algo de comer, e a única coisa que você saiba programar seja o seu despertador. Ou compre um CD para formartar computadores, com o qual você mesmo fais isso e coloca o serial horiginal, abaixando via douloud (sic). Nada mais de pagar o técnico, aliás, agora VOCÊ é o técnico.

Fico imaginando essas ideias sendo expandidas para as outras áreas do conhecimento. Quem sabe daqui alguns anos não veremos Blu-Rays com 50 mil projetos de (Engenharia/Arquitetura/Informática/...) , sendo vendidos pelo MercadoLivre? Com eles, quem precisará aguentar as chatas e exaustivas aulas de uma faculdade, sendo que pode aprender em casa fuçando e mudando os projetos, com o Visual Studio ou o AutoCAD que ele comprou ali no camelô?

Há diversas opções de micreiros, nas mais diversas áreas do conhecimento, inclusive a melhor (ou a pior): tornar-se um deles, de forma a atender mais clientes desprovidos de gosto e de bom-senso, assim alimentando a recursividade. Ou a não-opção, a mais difícil, que é contratar (ou se tornar) um profissional de respeito e que cobre o preço adequado para seu trabalho. Mas tudo bem, em tempos de crise, o que vale é economizar.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Linux é tão difícil assim? Será? (ou "Linux não é para todos")

Me canso de ver reclamações do tipo Linux é difícil, é muito complicado, etc.... De fato, definitivamente não é fácil para o usuário que não está disposto a aprender um sistema novo, e nem a superar seus preconceitos antes de dizer que "não gosta", ou para aquele que teve pouco contato com informática (embora essa afirmação seja questionável, pois muitas distribuições atuais de Linux reconhecem hardwares automaticamente).

Entretanto, muitos dos que reclamam são os que se dizem "hackers" (os falsos, não os verdadeiros hackers). Os mesmos que não acham dificuldade nenhuma em baixar gigabytes de programas piratas por torrent e procurar cracks em sites de procedência questionável, mas acham quase impossível baixar alguns pacotes. Os mesmos que adoram ficar lendo tutoriais de "como invadir XXX ou YYY", para eles é quase impossível ler um Read-me que explique como instalar um programa.

E principalmente: quem deveria estar disposto a sempre aprender e adquirir novos conhecimentos, posiciona-se de forma preconceituosa e ignorante. Uma pessoa assim pode se dizer "hacker"? Acho improvável. Especialmente quando eles mesmos afirmam que "o conhecimento não é crime" (como já vi um desses protótipos de hacker me afirmar, veementemente, enquanto tentava roubar senhas de alguém).

Outro grupo que gosta de reclamar são os pseudo-profissionais, vulgos micreiros. Para eles, a grana (que é o que interessa, afinal) está no Windows. Está em formatar o PC do vizinho, colocar um Windows pirata e cobrar 30 pila. Para eles, o Linux é péssimo, requer mais pensamento do que um simples clica-clica-insere o CD-digita o serial-roda o crack-clica-clica-"tá feito, dotô", e além disso não dá tantas possibilidades do usário-final ferrar o sistema (a menos que ele esteja REALMENTE interessado nisso). Ou seja, perde-se a mina de outro que é o cliente-porta (aquele que não sabe nada e, ainda por cima, não consegue aprender com os erros).

Para eles, apenas não gostar do Linux não basta. É preciso caluniar. É preciso pegar artigos de 10 anos atrás, fabricar fatos, não querer torcer um dedo para resolver um problema, tudo para demover os usuários de algo que pode ser melhor para eles, e manter sua clientela. É preciso defender a Microsoft e seus produtos a todo custo, mesmo que o micreiro nunca tenha pago por nenhum produto dela. Porque afinal, para eles, é legal dizer Linux é coisa de nerd que não come ninguém enquanto ficam catando programinhas piratas, porque Deus os livre de usar um software livre, que é coisa de pobre, de comunista, afinal todos os profissionais usam o programa X ou Y, então se ele usá-lo, também será um. É aquele típico usuário que precisa do Office inteiro pra digitar trabalhos escolares, ou da suíte Adobe toda pra fazer montagens toscas.

Não adianta colocar um monte de assistentes, documentações e compatibilidades: para a pessoa que está desinteressada em aprender, e, principalmente para a pessoa que sairá prejudicada ou - no mínimo - terá que repensar sua forma de trabalho, Linux (como qualquer outro assunto) sempre será difícil. Pode parecer autoritarismo meu, mas não, Linux não é para todos. Ao menos não para pseudo-hackers e pseudo-técnicos.

sábado, 18 de abril de 2009

O português implora por socorro

Pode parecer chatice minha, mas ainda mantenho o hábito de falar e de escrever certo. Às vezes erros acontecem, mas certamente nenhum deles é tão grosseiro quanto os que vemos por aí.

É bem comum vermos, e ouvirmos, pessoas com pobremas de crobrança que estarão sendo atendidas pelo suporte técnico, ou que se sentem obicervadas e perçeguidas. Já vi lugares que vendem e consertam lavadouras e secadouras de ropa, refrigeradoures e elétro domésticos em gerau. E pessoas que foram no shopin cênte, compraram um rome tíeter e uma TV de LSD para assistir o futebolsinho enquanto tomam uma serveja jelada.

Mas todos os erros se encontram na internet. Nela, o português é brutal e sistematicamente violentado. Gerundismos, seje uma pessoa de menas iprocrizias, menas falçidades, menas sinica e mais onesta, auguém de felisidade que vive brincano, pessoas centimentais apaichonadas...

Sem entrar no espectro do miguxês, tiopês e derivados, basta entrar em Orkuts, chats e outros sites para vermos coisas como:



A clássica desculpa: não estudei, não tive acesso à educação. Há 60 anos atrás, talvez ela seria válida, mas na internet não há desculpa, pois há serviços como o Google e a Wikipédia a disposição, bastando interesse em pesquisar. Fechem o orkut e o MSN e... ao trabalho. Na internet, só fala errado quem quer.

Além disso, muitos dos que erram são jovens, talvez em uma fútil tentativa de não parecerem caretas e parecerem "modernos". Se for por isso, continuo sendo o velho e bom caretão, um chato de galochas que repara nos erros de português de todo mundo.

Ou pior ainda: eu só escrevo errado na internet. Não sabia que já havia no mercado um botão escrever certo/escrever errado para instalação rápida e indolor. Ou melhor, não sabia que uma pessoa que escreve certo no dia-a-dia conseguiria tolerar erros de português.



Seria muito pedantismo meu obrigar alguém a ser um autor barroco na hora de escrever, só gostaria de ver um pouco mais de respeito pela língua. Concerteza, naum quero qui o portugês seje maxucado.






crédito da foto do interruptor: http://www.flickr.com/photos/gregoryjameswalsh/2497481416/sizes/l/

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A esquecida arte do auto-respeito

É, confirma-se que estou ficando velho. Não consigo entender o motivo pelo qual, cada vez mais cedo, pessoas de ambos os sexos decidem se expor em imagens e atitudes vulgares, muitas vezes sem nem mesmo estarem preparadas para as consequências.

Basta ir a um baile funk para ver meninas de x anos (onde lim x = 0) colocando quase-roupas para atrair homens desesperados pela oportunidade de "comer uma novinha", em verdadeiros filmes pornô populares, quase uma prolefeed (não sei o termo em português), termo usado por Orwell no seu livro 1984 para a leitura, filmes e música superficiais e vulgares usados para manter a prole satisfeita. [1]

Saímos dos prostíbulos a céu aberto e vamos para outro lugar, supostamente de gente bonita, gente legal: as baladas. Lugares onde pessoas se reúnem para ouvirem e "dançarem" (nada a ver com a verdadeira arte da dança) ao som de músicas sem personalidade para pessoas idem, em um volume tão alto, que nada mais faz do que destruir a audição.

Lugares onde a "pegação" impera. O senso crítico e a seletividade dão lugar à necessidade de pegar e comer N pessoas, onde N = M+1, sendo que M é o número de pessoas que a "MiGuXa dO S2" pegou, e soltar "eu te amo" como quem diz "bom dia". Tudo isso sob o efeito do álcool, para depois chegar em casa, vomitar e ficar mentindo para si mesmo que "nunca mais vai beber" e "essa é a última vez". Chegamos ao ponto em que pessoas tornam-se objetos pegáveis, comestíveis e descartáveis, mas isso é assunto pra outro post.

Sobre este último ponto, interessante ver que em muitas festas, cria-se uma relação obrigatória entre beber descontroladamente e se divertir. Quem não bebe, ou o faz com moderação, é "careta", "chato", etc... Parece que todos os outros tipos de diversão morreram, e que o único sentido na vida dessas pessoas é viver um porre atrás do outro.

Saindo desses locais e indo para as ruas, especialmente em regiões mais pobres, a decadência vem na forma de um movimento conhecido como "vida loka". Ao invés de tentarem mudar a si próprios, e talvez mudarem o ambiente em que vivem, preferem usar a violência e o culto à personalidade de alguns criminosos como forma de "protesto" e de expressar rebeldia. Para eles, escolas não são lugares para estudar e serem alguém, mas sim para picharem siglas de gangues e cometerem atos de violência. Justificativa? "O sistema é uma merda", seja lá qual sistema for, é uma forma de parecerem politizados enquanto tiram fotos com armas. Ah, e depois esses vão reclamar que "a educação no Brasil é uma merda". Claro, não é das melhores, mas como teremos um sistema educacional eficiente quando os professores saem humilhados pelos alunos de uma sala?

Em outras áreas encontramos pessoas que precisam de um estilo. Mas PRECISAM! Por falta de capacidade de serem elas mesmas, acabam jogando uma roupa preta no corpo, deixando o cabelo crescer, ouvindo algumas músicas e se dizendo "tr00 black metal headbanger", "gothic from hell 666". Mesmo que seja apenas para se dizer satanista e fazer "rituais anti-Cristo", ou arranjar confusão com outros estilos. Mesmo que não conheçam nada sobre seu estilo, precisam se sentir incluídas, seguindo um clichê: use preto, pareça triste e solte frases vazias mas que pareçam poéticas ou filosóficas.

É, parece que o auto-respeito não faz mais parte dessa geração, cujo único interesse na vida é sentir prazer e poder contar para os filhos que "pegava todas na balada" ou que era a "rainha do funk" ou o "lord dark 666 from hell". Mesmo que, daqui alguns anos, venha o arrependimento. O melhor, infelizmente, é que eu feche meus olhos e lamente. Apenas lamente pelas gerações perdidas, visto que eu não conseguirei mudar ninguém por ter minhas ideias rotuladas como "chatices", "caretas"...

E antes que alguém venha com pregações religiosas, não precisei de nenhuma divindade ou livro sagrado para descobrir o caminho certo. Apenas de mim mesmo.

[1] Não li o livro (está na minha lista TO-DO, antes de conquistar o mundo), essa informação foi baseada em pesquisas.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Engenheiro elétrico? Não damos choques

Senhores,

Todos nós sabemos que uma batedeira elétrica é uma batedeira movida a eletricidade e que um cortador de grama elétrico é um cortador de grama operado a eletricidade.
Logo, há um padrão coerente e conciso nessa adjetivação. "X elétrico" é um "X movido/operado a eletricidade".

Assim sendo, um engenheiro elétrico seria um engenheiro operado a eletricidade. Ainda não chegamos a esse ponto, não somos robôs (embora às vezes nos portemos como tal) e, por mais que às vezes trabalhemos a noite toda, não podemos simplesmente ser ligados na tomada. (ah, se fosse assim tão fácil :)

Entretanto, o Google nos dá mais de 283 mil resultados para o termo "engenheiro elétrico". Inclusive vagas de emprego. Pergunto-me se, tendo em vista o significado do termo, no lugar de vale-refeição, eles dão um vale conta de luz para que o elétrico possa se conectar em uma tomada.

Por favor, atualizem seus vocabulários e lembrem-se: engenheiro elétrico é aquele que dá choque. Chame a classe de engenheiro eletricista ou engenheiro eletrônico, conforme a especialização da pessoa.

Faça um engenheiro feliz, chame-o pelo termo certo. Obrigado.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Brasil, um país de vírus e ladrões... virtuais


Calma, não se desespere, não é um post reclamando da corrupção. Saiu nesse artigo, na BBC, o mapa dos países mais afetados por vírus e malwares diversos. Como já era de se esperar, o Brasil é uma das maiores vítimas dessas pragas, não só em computadores pessoais, mas às vezes em máquinas de uso compartilhado e muitas vezes promíscuo (por exemplo, lan houses).

A parte mais interessante é:

More than 91% of attacks exploiting vulnerabilities in Microsoft Office were using security holes that had been plugged by updates that had been available for more than two years.

(Mais de 91% dos ataques que exploravam vulnerabilidades no Microsoft Office estavam usando falhas de segurança que já tinham sido corrigidas por atualizações disponíveis há mais de dois anos)

Se lembrarmos que Windows e Office pirata não atualizam sem gambiarras, e se lembrarmos que por mais que tenhamos sistemas à prova de idiotas, a Natureza sempre se encarrega de produzir um idiota melhor, basta ligar os pontos e ver as causas do problema. Em especial, a segunda é crítica.

Por trás de um clique aqui para ver minhas fotos da festa ou você ganhou um prêmio, clique aqui para receber, há uma extensa rede de engenharia social, que encontra na maioria recém-incluída digitalmente (muitas vezes sem conhecimento além de entrar no MSN e no orkut e fazer downloads) suas vítimas, usando como arma máquinas desatualizadas e mal-configuradas, às vezes com a mentalidade isso é problema dos outros.

E às vezes, até mesmo no usuário que quer parecer entendido e decide procurar, nos cantos mais profundos da internet, um crack de procedência e limpeza duvidosas para um programa ou jogo (e ironicamente são esses mesmos que reclamam da dificuldade que é usar software livre, mas isso é tema pra outro post).

De nada adianta o administrador de sistema ou técnico colocar milhões de ferramentas de segurança em uma máquina ou na rede se o usuário vai simplesmente ignorar seus alertas e tratá-los "como uma chatice", desativando o anti-vírus e usando um proxy para burlar as restrições de navegação da rede. Talvez isso esteja óbvio: o culpado pela infecção, quase sempre, é o usuário. Ou tratamos o maior dos problemas ou podemos nos orgulhar tristemente de sermos um dos países mais afetados por ladrões... virtuais.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

... agora com o novíssimo KDE 2.2.2

Face às reclamações dos usuários do KDE4, foi criado um Live-CD do KDE 2.2.2. Sim, KDE 2.2.2, não é um erro.

No começo parecia uma piada de primeiro de abril, mas esse live realmente existe. O melhor de 2001, de volta rodando sobre um kernel moderno! Essa turminha da pesada vai se meter em aventuras iradas!

Confira aqui: http://home.kde.org/~binner/kde-four-live/KDE-Two-Live.i686-2.2.2-Build1.1.iso

Ainda duvida? Fiz alguns screenshots:

Não, não é Photoshop (nem GIMP), é KDE 2.2.2 no kernel 2.6.27 (ah, a hora está errada mesmo)


É realmente um ambiente revolucionário. Esse será o ano do Linux!



Conquiste seu desktop! Pena que ele só funcione pros sites mais básicos, e ainda assim não me empolguei a tirar screenshots (QEMU sucks!).



System Settings é para os fracos, os bons usam KControl. Todo esse poder pode ser seu, basta atualizar para o moderníssimo KDE2, ao invés de fazer o downgrade para o KDE4. prontofalei

Agora, falando mais sério, um fork de um KDE antigo, com patches e novos recursos (mas sem frescuradas) seria interessante para rodar em máquinas antigas, ao invés de colocar ambientes de desktop que às vezes são confusos para o usuário-padrão (para não dizer usuário porta).

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Eçe tao de pânque róque

Via PPO, chegamos ao perfil desse sujeito que se afirma punk. Merece atenção. É tão grande e afrescalhado que, mesmo em uma resolução de 1440x900, precisei baixar o zoom e rolar a tela. Tudo isso para não dizer nada, ao contrário de outros perfis longos que dizem muito mais. A relação sinal-ruído dele tem, como limite, zero.


Reparem no excelente gosto musical, bem coerente com o de um punk:


Meu nome é Chorão (resmungão)
Eu sou linha de frente (o primeiro que toma chumbo)
Mas esqueço do mundo quando ando de skate (tá, e eu com isso?)
De vez em quando eu vou pro baile que é pra sola gasta
(sola gasta? WTF?)
Eu trabalho pra caralho mas nasci pra vadiar (como sempre...)
Porque é bem assim que eu sou
(um vagabundo)
O malokero que virou (virou um maloqueiro?)
Seu castelo de areia, o vento levou
(grande coisa)
Muitos sabem quem eu sou, mas poucos me conheçem
(tá, e eu com isso?)
Mas mulher que eu já catei, pode crer que não me esqueçe
(não sabia que mulher era objeto para ser catado, e nem que elas gostavam de caras analfabetos)
Vencer na vida não é facil num mundo decadente (quem se diz vagabundo nunca vai vencer mesmo)
Um milhão de recalcados pra puxar o seu tapete
(a sua inveja é a força do meu sucesso, versão 2.0 PÁUER!)
Mas do jeito que eu vim é do jeito que eu vou
(ou seja, precisa ser mente-fechada para parecer duro)
É como vivo, como ando, como penso, como sou!
(como um vagabundo)


A menos que tenha mudado alguma coisa, do jeito que pequenas revoluções acontecem em garagens por aí, não consigo imaginar Charlie Brown Jr. como uma banda punk.

E no item cidade: No S2 da Kÿt´S e Na Casa da' →·Suuuckim (sic). Não consigo imaginar um punk escrevendo com um linguajar desse tipo. Já sendo preconceituoso, isso está mais para uma linguagem emo, ou uma variante do miguxês. Só olhar nas imagens abaixo, de uma dedicatória nada relacionada a um punk:



E como passar sem o álbum? Para evitar que ele feche o álbum, mostro títulos de fotos como:
Se qrer vai vai d mal a pior vai ao mundo querem t jogar nesse poço profundo (acho que já te jogaram no poço profundo que é a burrice)

o ser Humano vale menos q um produto d consumo ..ta todo mundo em choq disandadu i sem rumo (inclusive você está sem rumo)

FiQ bom na moral. n venha me ensinar coisas q eu ja sei Sou charlie brown nossa cara é porsperar e o povo tem q evoluir tmbm (evolua você primeiro, por questões de coerência)

no mundo joga qm sab jogar ganha qm sab perder ..UM bald d agua fira na mora fiz ferver (mas pra jogar precisa saber as regras. a primeira: escreva certo e não seja um clichê ambulante)

credibilidad fortalece qm sab é vc ,se vc n faz com a vida a vida faz com vc (existe credibilidade em quem escreve PANK?)

Fiq e faça o sol brilhar ,sem medo da escuridão correria noit e dia pela evolução Esolha o seu lado na hr q o bicho pegar a chapa esqnta ,agent fik e faz o sol brilhar(ai, que bonito, vindo de um PANK...)

eu naum espero sempre fasso acontc sem disispero veju u dia amanhecr sei qi qm luta nunk vai fik pra traz vem prepararu qi agr eu qruu maissss ...{Detonaltas} (e eu entro em DISISPERO com o seu português e a sua incoerência).

informação manipulada contribui pra formação da juventude limitada q acceita facilment a sufocação ,tratando como heroi qm agr como vilão (uma tentativa filosófica, mas tão profunda quanto o conjunto vazio, se aplica bem a você)

Vc tem o direito d flar oq pensa mas n tem direito di julgar qm naum conheç (tenho o direito de julgar quem escreve errado, entretanto. todos nós temos o direito à opinião, não quer ser julgado? não faça).

liberdad d expressão é um direot d todos mas em vez d flar então faça algo q prest (e escreve sserto eh um devre d todus, então iscreva çerto).

as circunstâncias se tornaram um beco sem saida seu orgulho t traiu i ti jogou no chão (é nóis, us mano)

somos d uma geração que ja rompeu barreiras "nos tivemos q nus criarr" (mas não romperam a barreira do analfabetismo. ah, e punk com celular? empresas de telecomunicações não são parte do "sistema capitalista perverso e cruel"?)

o flaxes capituraum a melhor faXhadaa (espera-se que essa imagem tenha sido editada usando um programa como o GIMP, já que software proprietário também é parte do "sistema capitalista").

as paredes du meu quarto guardaRaum Em silencio u InferNo qer mi ver assim (NÃO! NÃO QUERO!)

naum qru mais pensar noq fikou pra trazz pois nada faz voltarrr (que bom, não quero que você volte).

ti veju errandu i isso naum é erradu essetu qndu faz outra pessoa sangrar (ou esseto cuando vosê escrevi erradu).

a conceguencia dessa ilução é qrer tudu qi eu dinheiro podi ter i vc pensa qm tem ração mais essa pora um dia akaba com vc (a conceguencia eh escrevi erradu, e ração tem na pet-shop ali da esquina).

a sociedade prega o bem mas alimenta oq é malll comu eu sei disso muito bem eu anarqizo geral (ui! anarquiza, filho! anarquiza o português e a coerência!)

É, os punks decaíram demais nos últimos 18 anos. Mas tudo bem, deixo esse passar, é mais um excluído pelo sistema que irá protestar com os amiguinhos que fez na balada enquanto ouve Simple Plan e NX Zero no seu iPod e tira fotos com o celular, para depois, usando o laptop que papai deu porque ele conseguiu não reprovar, enviar para o orkut e dizer que anarquiza geral.